O país nunca participou de uma Copa do Mundo FIFA, nem em eliminatórias, não tem federação, nem tem muitos praticantes de futebol. Não vi ninguem jogando, nenhuma pelada. Voce já ouviu falar de algum craque nepalês ?
Curiosamente, um comerciante que falava ingles fluente (coisa rara aqui no Nepal) me disse que os nepaleses são fissurados em Copa do Mundo. Esse comerciante tinha uma loja próxima ao nosso hotel, vendia muito aos hospedes, e por esse motivo (imagino) aprendeu um bom ingles.
Segundo ele, o pais inteiro acompanha a Copa do Mundo e boa parte torce para o Brasil ou Alemanha. E durante os jogos do Brasil, o comércio fecha, tudo para !! Foi muito esquisito ele citar craques brasileiros, comentar jogos, placares dos jogos do Brasil nas copas. Quem diria, até aqui no fim do mundo voce não escapa desse assunto.
Raksi - bebida nepalesa
Raksi é uma bebida alcóolica destilada, de produção domestica, tradicional no
Nepal, Tibet e India. É clara (como a cachaça e a vodka), com sabor lembrando o
saquê. É feita de painço ou arroz. Como não é produzida em escala industrial,
cada raksi tem gosto característico, diferente. O sabor varia de acordo com o
cereal utilizado na produção.
A CNN elaborou uma lista dos 50 melhores bebidas do mundo, e o Raksi figurou em
41º. Colocado.
Devido a sua popularidade, vários grupos de propaganda contra o consumo de
álcool surgiram no Nepal. Apesar disso, o raksi continua sendo um importante
item em vários ritos religiosos e eventos sociais, com a alegação de ter
propriedades antisepticas.
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| Mulher fazendo raksi - woman making raksi |
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| Painço - millet |
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| Painço - millet |
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| Mulher fazendo raksi - woman making raksi |
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| Making raksi |
O massacre da família real nepalesa
Dipendra assassinou os membros de sua
família num acesso incontrolável de raiva, por causa do rancor que
guardava sobre uma controvérsia sobre seu casamento. A noiva escolhida pelo príncipe
era Devyani Rana, que havia conhecido na Inglaterra. Era filha de Pashupati SJB
Rana, membro do clã indiano Rana, e os pais de Dipendra a consideraram não
suficiente nobre para se casar com o príncipe herdeiro.
Alem disso a família real Shah tinha
animosidades contra a família Rana, apesar de reis e príncipes Shah tenham se
casado quase exclusivamente com membros da da família Rana.
O
clã Rana ocupou com seus membros o posto de primeiro-ministro hereditariamente
até 1951, sob o título de marajá. Os dois clãs tinham uma longa história de
laços de casamento.
De acordo com relatos oficiais, a mãe de
Dipendra recusou durante meses sua escolha pela noiva, e então o
príncipe-herdeiro massacrou sua família após entregar-se à bebedeira num jantar
no palácio real. O príncipe herdeiro estava embriagado e incomodando os
convivas. Foi então retirado a contragosto da sala de jantar por parentes, para
um quarto. Saiu dali armado e iniciou a matança. Tão logo aconteceu a
tragédia, a namorada Devyani Rana deixou rapidamente o Nepal, por motivos de
segurança e privacidade.
Entre os mortos estavam seus pai rei
Birendra, sua mãe rainha Aishwarya, seus dois irmãos e uma irmã; dois tios,
duas tias e um primo, num total de 10 assassinatos. Alem disso, mais 5 pessas
saíram feridas.
Dipendra sobreviveu em coma durante três
dias e foi proclamado rei em seu leito hospitalar. Morreu por causa de seus ferimentos
em 4 de junho e foi sucedido pelo tio, príncipe Gyanendra do Nepal.
Gyanendra Bir Bikram Shah, tio de Dipendra,
assumiu o trono. Em fevereiro de 2005, ele dissolveu o parlamento nepalês, a
fim de tornar-se soberano absoluto. Porem em 2008 a Assembleia Constituinte do
Nepal declarou o fim da monarquia. Na ocasião, dos 601 membros da Assembleia,
apenas 4 votaram a favor da continuidade da monarquia.
Terminou assim o reinado da dinastia Shah,
que iniciou se em 1559 e durou até 2008. Reinaram neste período 25 reis da
família Shah.
O ultimo rei, Gyanendra Bir Bikram Shah,
mora atualmente no Palacio Nagarjuna, 8 quilometros a noroeste de Kathmandu.
Em 2007 Devyani Rana casou-se na India, com
um membro de uma família rica e influente.
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| Dipendra e Devyani |
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| Devyani Rana |
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| Devyani Rana, foto recente |
Lojas de pipas. Mulher parece estar gritando comigo, convidando a entrar na loja.
Vendedores ambulantes de frutas.
Menino recolhe lixo, lá atras, vê-se outro menino sentado (logo depois da porta). O trabalho e o abandono infantil é comum no Nepal.
Sapateiro conserta sandálias e fregues aguarda sentado num caixote, paciente.
Sapateiro / engraxate aguarda cliente. O que me surpreendeu nesta foto é o pé-de-ferro. Meu pai tinha um,igualzinho, o mesmo design. Tenho este pé-de-ferro até hoje.
Um barzinho fuleiro, do tipo “frito na hora”. As manchas brancas no chão são de farinha, e o recepiente branco deve ser o quitute a ser fritado na hora. E aí, vamos encarar ? Até hoje, ninguem morreu.
Mais um barzinho muquifo, do tipo “Jesus me chama”.
Artesanato – cerâmica. Os pratinhos pequenos são usados para queimar velas em templos.
Loja de artesanatos (corte da foto anterior). O cartaz na foto oferece filme para fotografia, ASA 200, 40 exposições; e fita cassete (!).
Menina vende pratos descartáveis, feito de folhas vejetais. Ecologicamente super-correto.
Ponto de taxi-riquixá.
Vendedor de romãs. Lá atras, o dono do bar porcalhão joga o esgoto na calçada. Sujeira no Nepal é coisa séria.
Mais um barzinho em Kathmandu.
Bovinos sagrados na sombra.
