segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O povo do Nepal


O povo do Nepal

Os homens são baixos e atarracados, dão impressão de serem resistentes, apesar de serem quase todos magros. Tem pele escura, jambo. Eu vi apenas um nepalês careca, Kamal, o nosso guia. Calvice aqui é coisa rara.
Os homens nepaleses gostam de roupas coloridas, diferentes; calças jeans e camisetas de algodão com estampa. Porem usam roupas simples, dessas de liquidação na 25 de Março. Gostam de usar tênis ou sandálias do tipo São Francisco de Assis.


From gonepaltours.com
As mulheres gostam de vestir sáris, lindos e coloridos, porem de cores frias. Diferente dos sáris das mulheres indianas, de cores quentes e fortes.
Moças com trajes tipicos nepaleses, a moça que olha para camera tem uma tikka, que é a pinta na testa.

Os nepaleses em geral são tristes e taciturnos, tem um jeito de ingênuos, inofensivos. São meio robóticos, pensativos. Nos olham curiosos, acham a Solange bonita e ficam secando descaradamente. 
Tal qual no Brasil, não existe uma etnia dominante no Nepal, as pessoas são muito diferentes uma das outras. 

Sem dúvida a etnia mais famosa do Nepal é a sherpa. Eles vieram do Tibete, e se instalaram nos Himalaias. Ambientados em lugares altos, desenvolveram grande resistência física em temperaturas extremas (baixas e altas). São famosos pelos seus serviços de porter (carga). 

Moça sherpa - From gonepaltours.com
Sherpa porter - from gonepaltours.com

Chegamos numa época especial no Nepal (inicio de outubro). Era o período do festival  Dashain (ou festival Badadashain ou ainda Vijaya Dashami) que faz parte do calendário religioso hindu. Nesse período de festas, que se repete anualmente, as pessoas se visitam, se reúnem e fazem juntos cerimônias religiosas de benção. É um período de confraternização e de adoração a alguns deuses . O guia nos explica que muita gente viaja nesta época, geralmente para visitar parentes distantes, que não se encontram com frequência. Vimos algumas manifestações públicas religiosas, por toda parte.
Várias pessoas estão com uma pinta vermelha na testa, que é feita pelos mais velhos nos mais jovens, num ritual de benção. Essa pinta, chamada de tikka, é feita de arroz e corantes.  Cerca de 85% dos nepaleses são hinduistas. O budismo tem forte influencia no Nepal, pois foi neste pais que nasceu Buda; os nepaleses tem imenso orgulho disso.

kathmandu nepal sherpa annapurna everest trekking 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Pobreza no Nepal


Pobreza no Nepal

A pobreza é endêmica no Nepal, mas aqui ela é mais “decente” e menos cruel que vimos na India. Os nepaleses pobres, que constituem a maioria,  me pareceram bem alimentados, bem vestidos, embora desprovidos de luxos.  Usam tudo velho, bicicleta velha, chinelo velho, tenis velho, camisa velha. Diria até que não são pobres, são gente humilde. Aparentemente a economia do país se baseia nos minifúndios, onde se pratica a cultura de subsistência (as familias criam animais, plantam e colhem para seu próprio consumo). Várias familías na zona rural tem búfalas para produção de leite e criam cabritos para corte.


O sub emprego é comum no Nepal, é o caso desses vendedores de frutas.

Menino catador de lixo em Kathmandu
Lixo nas ruas, em Kathmandu



Nosso guia explicou que a maioria dos Nepaleses são analfabetos.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dinheiro no Nepal



 Dinheiro no Nepal


A moeda do país é a Rúpia Nepalesa,  a sigla internacional é NPR (Nepalese Rupee). O cambio atual (agosto de 2011) é 1,00 USD = 76 NPR. 

Em Kathmandu existem várias ATMs, de forma que é possivel se fazer saques (meu cartão é VISA, não sei se outras bandeiras atendem o país) em moeda local. As ATMs, como na India, são bem simples, e são menores que um lavabo de apartamento. Não deixa de ter sua razão, afinal ATMs são para uma só pessoa, e sendo pequena, garante privacidade e segurança. 



Preços no Nepal 


 Os preços no Nepal são bem acessiveis (preços de agosto 2011):
  • Coca Cola lata    R$ 1,00
  • Almoço em bom resturante, incluindo bebida  R$ 35,00 / casal
  • Almoço em resturante A++, com bebida R$ 60,00 / casal
  • Lanche em lanchonete , R$ 20,00 / casal
    Gorjeta, costumava oferecer 100 NPR (aprox. R$ 1,50) por pequenos serviços, pelo que ficavam satisfeitos.










segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mercado de frutas

Blog de viagem – Nepal – Kathmandu

Fomos num Mercado Público, na verdade estavamos andando na rua e acabamos por encontra-lo e resolvemos dar uma olhadela. É, como tudo é no Nepal, um lugar desolador, improvisado e até mais ou menos organizado. Alguns vendem seus produtos dentro do mercado e outros lá fora (estes, suponho que sejam piratas, não autorizados, mas estão por ali por falta de outra oportunidade de trabalho).

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Vendedoras de frutas e verduras. Observem o sari verde-limão da senhora.

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Vendedoras no patio do Mercado Publico, Kathmandu, Nepal.

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Vendedores de banana em Kathmandu, Nepal. Solange lá atras…DSC02137-Nepal

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Vôo sobre o Himalaya– O Everest

Voo sobre o Himalaya e Everest

Quando saimos do Brasil, pesquisamos se havia algum vôo panorâmico sobre a Cordilheira do Himalaia. Já que um trekking até o Everest é muito caro, e temos pouco tempo de férias; ficamos com vôo. Pensei em alugar um carro ou mesmo ir de ônibus de Kathmandu até ao sopé do Everest, não é longe, mas nossa estada no Nepal é bastante curta. Descobrimos que existem vários vôos panorâmicos saindo de Kathmandu. Também descobrimos que não adianta reservar e pagar antes pela internet, por que pode não haver teto no dia da reserva feita e nem nos dias seguintes; daí voce vai embora sem voar e perde a grana.
Tão logo que chegamos, falamos com o guia para providenciar a reserva do vôo, por que temiamos por não haver vagas. Ele disse que deviamos fazer o vôo o mais breve possível, pois o tempo poderia fechar.  Antes, perguntamos se havia vôos de helicoptero, e ele nos informou que existem esses vôos, mas custam 900 dólares per capita, 1800 o casal; desistimos, de avião é mais seguro…
    Fomos a uma agencia de turismo que faz vôo sobre o Himalaia, pagamos 190 USD per capita. Isso equivale a 16.400 rúpias nepalesas, uma fábula aqui.  Achei caro, para os padrões nepaleses, mas o avião foi pago em dólares americanos, e a gasolina é importada e a aeromoça deve ser bonita.
A moça da agencia informou que o vôo circundava o Everest. Solicitei a ela então assentos nas janelas que ficam ao lado da montanha. Isto é se o avião circundasse o Everest no sentido horário, eu ficaria no assento ao lado direito. Ela deu um sorriso amarelo, tinha mentido para mim. Disse que não ia circundar o Everest e sim passar ao lado, e que o Everest estaria a esquerda do avião na ida e a direita na volta. 
    No dia seguinte fomos ao aeroporto, que era um bem pequeno, de voos regionais.


A empresa aérea se chamava Guna. O avião era pequeno e bem velhinho. Monomotor, de um só ventilador. Arno, comprado nas Casas Bahia.  Se não caiu até hoje, não vai ser hoje, pensei. 
Com 16 lugares, o avião por fora parecia um charuto, e por dentro lembrava uma manilha gigante.
Decolamos, a expectativa era grande, afinal desde criança a gente aprende que o maioral é o Everest, etc. O vôo é inegavelmente lindo, tem uma aura de aventura, etc, mas são dois os problemas : o avião sobrevoa muito acima da cordilheira, e muito longe dela, de forma que vimos tudo lá de cima, tudo muito pequenininho. Eu esperava visões espetaculares, tipo Discovery em HD, com voôs ao lado do Everest, com avistamentos de abismos, trilhas, montanhas de neve, etc. Fiquei um pouco decepcionado, esperava mais. Mas, somando e subtraindo, dividindo e multiplicando, chega-se a um saldo positivo, valeu a pena. Afinal, ir até ao Nepal e não ver o Everest é vacilo.



Os passageiros se revezavam para ver a cordilheira de frente, na cabine dos pilotos.


nn

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Açougue nepales

 

Das curiosidades da India e Nepal, a que mais salta aos olhos é o modo que eles vendem carne. Na India, vimos pouca carne à venda, por ser um país muito veggie, e também por que a carne é muito cara. Na India, as vacas e bois são sagrados e o porco é um animal considerado impuro, por isso não há muito consumo de carne.

No Nepal (e na India), os açougues são coisas que causam estranheza, a carne é vendida sem controle sanitário nenhum, sem qualquer tipo de cuidado. Eu já vi situação semelhante no nordeste do Brasil, mas isso foi há muito tempo atrás. DSC02348-Nepal

Rapaz trabalhando com carne, e um cachorro fica a espera de alguma sobra.

A falta de refrigeração tem lá sua justificativa, afinal tanto Nepal quanto India não tem energia eletrica farta e barata. Nestes paises os blecautes são frequentes, todos os dias, e várias vezes ao dia. Se os ecologistas não deixarem sair a Belo Monte, corremos o risco de ficar na mesma situação.

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Mulher vende carne de cabrito. Atrás da porta, sem querer, captei uma mão que parece postada em oração.

A impressão que se tem é que a produção e comércio de carne no Nepal é uma atividade artesanal, informal. A mulher da foto acima, por exemplo, parece que vende carne de cabrito em frente a sua casa, e posso jurar que foi ela que criou e abateu o animal.

DSC02351-Nepal-cropPorco a venda. Atras, carnes ao sol. Ao fundo, frangos.

DSC02350-Nepal-crop1Frangos gordos a venda, e ao sol.

DSC02432-NepalMulher vende carne de frango, numa avenida movimentada de Kathmandu. A água do balde deve ser para dar uma lavadinha no frango, antes de entrega-lo ao cliente. O chão está bem molhado, ela vendeu bem hoje.

DSC02428-NepalSolange em frente a um expositor de carne de cabrito. Lá atrás, Coca-Cola, isso voce acha em todos os confins do mundo.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Durbar Square

A principal atração de Kathmandu é a Durbar Square. É a praça central da cidade, um complexo religioso hindu, cheio de templos, museus, lojas e restaurantes.

Infelizmente, nossa passagem pela praça foi bem rápida; na verdade nossa estada em Kathmandu é que foi curta. Pena que não pudemos explorar bem o local. Nosso guia disse que deviamos voltar ao Nepal, para conhecer melhor Kath e também para fazer trekking.

Procurei um sadhu, que costumam frequentar a Durbar Square, mas não vi nenhum. Sadhus são bichos-grilos, que largaram tudo, absteram-se dos bens materiais e da vida mundana, para dedicar-se exclusivamente à religião, à espiritualidade. Eles vivem de esmolas, mas eu acho que muitos deles são Sadhus paraguaios, são falsos.

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Sadhu, foto – autoria : Naresh Dhiman – fonte : Wikipedia

DSC02321-NepalMaju Deval Temple

Maju Deval Temple, Durbar Square, Kathmandu.

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National Art Museum – entrada – Durbar Square

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Jagannath Temple, ao fundo. Atras, um monumento que não consegui identificar. Lá atras é um monasterio, Kumari Bahal.

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Durbar Square

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Durbar Square

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Durbar Square

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Trailokya Mohan Narayan Temple, templo dedicado a Vishnu, construido no século XVII.

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Templos, proximo a Durbar Square; a direita, uma vaquinha sagrada descança.

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Entrada do Kumari Bahal, um monastério. A displicência, o desleixo  sobre o patrimônio histórico é tão grande aqui, que as esculturas seculares da entrada servem de banco ! Na foto, vê se ainda algumas janelas em madeira esculpida.