sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Arte nepalesa–escultura em madeira

Os Nepaleses eram famosos por gostarem de esculpir em madeira, algumas casas na Durbar ainda tem janelas esculpidas, que viraram atração turisticas.

DSC02304-Nepal_thumb[1]

Janela do Pavão, exemplo da escultura nepalesa em madeira.

DSC02306-Nepal-crop_thumb[1]

Casas com janelas esculpidas em madeira, proximo a Durbar Square.

DSC02308-Nepal_thumb[1]

Janela esculpida em madeira, com detalhes eróticos (ou pornôs ?)

DSC02309-Nepal_thumb[2]

Janela com detalhe erótico. A mulher estava no banheiro lavando o cabelo, quando de repente…

DSC02312-NepalSolange em frente a uma porta esculpida em madeira.

DSC02315-Nepal

Arte nepalesa – esculturas em madeira, em uma loja de artesanatos. A direita, algumas esculturas eróticas.

DSC02300-Nepal

Entrada de uma casa, e sotão, em uma esquina em Kathmandu; toda esculpida em madeira. Infelizmente, por falta de recursos, estes locais estão mal estado de conservação.

DSC02406-Nepal

Janelas esculpidas em madeira

DSC02405-Nepal

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Swayambhunath

 

Swayambhunath é um complexo sagrado, um de centro de peregrinação budista. É um dos mais antigos da religião budista, construído há 1500 anos . O local é também conhecido como “Templo dos Macacos”, há alguns macacos que habitam o local. Porem quando eu disse esse nome (“Monkey´s Temple”) ao nosso guia budista ele não gostou muito. Obvio, chamar um local tão respeitoso e sagrado de “Templo dos Macacos” não deixa de ser uma ofensa, mesmo sendo os macacos locais considerados sagrados. Mas, vários sites de turismo insistem em chamar o local de “Templo dos Macacos”, ainda não caiu a ficha de todos.

DSC02370-Nepal

Macaco sagrado, em Swayambhunath

O local é situado no alto de uma montanha, dali se tem uma visão panorâmica de Kathmandu. Os veículos estacionam pouco abaixo do local, e os visitantes seguem a pé, subindo uma escada.

DSC02368-Nepal

Escada de acesso ao local.

O elemento principal do local é uma estupa (em inglês stupa), fica bem no cume da montanha (claro...). Estupa é uma estrutura budista sagrada, que induz o visitante à iluminação, a meditação. É um local de oração, de adoração. Algumas estupas servem também de relicário (local aonde se guarda objetos sagrados, tais como estátuas, oratórios, etc); outras servem como deposito de cinzas de cremação, etc. Há várias estupas, de vários tamanhos em toda a India e Nepal; a maioria delas está em local público, em praças, nas ruas, etc.  Cada parte de uma estupa representa um elemento do Universo. A base da estupa é a terra, a água é representada pelo hemisfério, há ainda representação do fogo, do ar e do vento. É preciso de um tratado de 30 páginas para explicar o significado de uma estupa, vou parar por aqui, quem tiver interesse maior pode pesquisar na internet, sob o risco de virar budista.

Swayambhunath é uma das mais importante e mais conhecida de todas. Ao redor dela, há vários outros elementos budistas. A estupa de Swayambhunath foi reformada recentemente (em 2010), por uma comunidade budista da California.

DSC02367-Nepal

A grande estupa de Swayambhunath.

Os olhos da estupa são os de Buda. São dois olhos em cada lado do quadrado, de forma que Buda tem a visão 360 graus.

DSC02362-Nepal-tratada

Ao fundo, a grande estupa; ao lado direito da estupa está o templo de Harati, deusa protetora das crianças.

DSC02375-Nepal

Mulher vendendo “velas” em Swayambhunath; o curioso é que ela vende já acesa.

DSC02379-Nepal

Eu displicentemente brincando com os “player wheels"” sagrados, em Swayambhunath.

    Há um conjunto de “rodas de oração” (essa é a tradução mais fiel que bolei…) em Swayambhunath. Cada rolinho giratório tem uma mantra (oração budista) inscrita em sua superficie. Ao girar o rolinho, é como voce estivesse recitando essa mantra. Atenção : voce deve girar no sentido horário, que é o sentido em que está escrito a mantra. Ao girar no sentido anti-horário, voce está recitando a mantra de trás para frente ! Não pague mico…

DSC02381-Nepal

Mirante em Swayambhunath; Kathmandu lá embaixo…

DSC02319-Nepal

Solange ao lado de uma pequena estupa, no centro de Kathmandu.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Tour rural


Tour rural from Kathmandu, Nepal

Tendo uma tarde livre, com dispensa do nosso guia Kamal e o motorista, perguntei ao guia se ele poderia nos sugerir um tour para fora do Kathmandu, pois queríamos conhecer um pouco do interior do país. É claro, os guias sempre tem este tipo de serviço extra-pacote, que é para eles um “bico”, um dinheirinho extra muito bem vindo. Eu acho que o que eles ganham nesses serviços extras é um valor maior que o salário.


Nosso guia Kamal e Solange, e o “nosso” carro. Motorista não quis sair na foto, acho que ele respeitou a hierarquia, a casta do guia, não sei ao certo o motivo. 

O guia nos propôs a levar a uma vila chamada Nagarkot, a 40 km. de Kathmandu, passando por Bhaktapur, um outro vilarejo. É uma viagem curta, terminando num hotel famoso, o Club Himalaya Hotel. 

As 13:00 saimos de Khatmandu por um rodovia asfaltada, larga e moderna. O guia nos explica que é uma rodovia feita e paga pelo povo do Japão, “...um presente daquele país”, explica comovido. Não sei bem os motivos, mas como nenhum almoço é de graça, deve haver interesses econômicos nessa história; por exemplo, facilidades para entrada de produtos made in Japan no Nepal (isenções de taxas de importação). 

Pouco depois, o carro entra numa estrada rural, muito bem conservada, mas bem estreita. Peço para o motorista não se apressar, para podermos apreciar bem a pequena viagem. A zona rural é muito linda, bastante montanhosa. As terras são muito férteis, e muito densamente povoada. Há muitas casas espalhadas, muita gente; acho que é devido a proximidade da capital.



Vimos vários restaurantes pela estrada, todos às moscas; quase todos bem toscos. Kamal diz que muitos residentes de Kathmandu vem almoçar nesta região, não acreditei muito. Acho que esses restaurantes abrem a cozinha e espantam as moscas quando chega um cliente, e que é servido prato único e feito na hora. Tipo, voce chega pede fritas, e o dono do resturante vai correndo ao mercado comprar batatas.
 
Passam por nós um grupo de motoqueiros, jovens mal saídos da adolescência, com garotas na garupa, em grande velocidade e de uma forma extremamente imprudente. Todos usando óculos de sol, e sem capacete. Kamal diz que são “filhinhos de papai”, de Kathmandu. É a falta de outras opções de lazer, do que fazer, e também falta de Quartzolit (massa cinzenta) na cabeça. Essas coisas também se vê no Brasil, mas aqui pelo menos usam capacete.

Deparamos com alguns ônibus lotados, com gente viajando no teto. Tiro uma fotos rápidas, de dentro do carro, ângulo e condições ruins. Disse ao Kamal que isso no Brasil seria um absurdo, gente viajando no teto, que ia ser um escândalo, etc., mas disse também que cada país se vira como pode, com os recursos que tem. Ele ri, e diz que não há nada errado nisso, e que é divertido e fresquinho andar no teto do ônibus.



    
Ônibus lotado em Nepal. Foto from Flickr. 


Paramos para fotografar algumas paisagens e cenas. Achamos muito interessante a agricultura desse país, sempre feita em platôs (pequenos degraus de terreno, feito de cortes em montanhas).


A certa altura, o guia nos propõe a passear por um vilarejo. Estacionamos e saímos andando a pé, num passeio de mais ou menos 3 horas. 



Avistamos um grupo de crianças brincando num balanço engenhoso, feito de um tripé de bambu. Quando criança, não tive esse folguedo, por que não havia nenhuma uma árvore alta para fazer isso. Ora, a solução nepalesa é bem simples, dispensa árvore. De cócoras,o menino aborrecido espera sua vez… Gostei muito desta foto.

Casa rural típica no Nepal


Kamal nos mostra algumas casa em estilo antigo, tipicas da zona rural (esqueça a parabólica…). São geralmente em dois pavimentos, por que o térreo era reservado para abrigar os animais de criação a noite (búfalas, cabras, galinhas, etc). Muitas casas tinham a cozinha ao lado do abrigo de animais,  o cheirinho na cozinha não era dos melhores.








Um grupo de mulheres bem vestidas passa por nós, estão bem trajadas, e Kamal diz que elas estão indo a uma festa de casamento.



Os nepaleses gostam muito de criar animais, mas não tem muita compaixão deles. Galinhas são criadas dentro desses cestos de vime. 

Encontramos essa menina sherpa tomando sol com um bebe, provavelmente seu irmão mais novo. Solange ao lado…

Homem fazendo cerca de vime, provavelmente para cercar uma horta ou um curral de animais. Por que ladrão  por aqui, se entra numa casa, só leva susto.




Várias casas usam o telhado da varanda para fazer carne de sol, em espetos. Eu acho que não há gatos no Nepal, eu não vi nenhum. Se existem gatos, a carne não estaria aí no telhado.








segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Hotel Club Himalaya


Hotel Club Himalaya


Chegamos finalmente ao Hotel Club Himalaya, em um povoado chamado Nagarkot, o ponto final do nosso tour rural. O nosso guia, Kamal esta feliz em estar neste Hotel, em poder mostrar o local. Parece estar orgulhoso pelo o que ele considera uma obra de arte de seu país, diz ser obra de arquiteto nepalês, e eu sinto uma pontada de patriotismo nele. Ele tem razão em estar orgulhoso, o Club Himalaya é um hotel muito bonito e tem uma arquitetura singular. É suntuoso, construído com muita madeira, tem funcionários impecavelmente uniformizados, etc; diria que é um dos melhores do Nepal.

Recepção do Hotel.

O Hotel está situado a 2200 metros do nível do mar, encarapitado no alto de uma “colina” (para o Nepal, 2200 mt não é tão alto assim). Dali tem se uma vista para o grandioso Himalaya. 

Pipódromo no pátio do hotel.

De curioso, o Hotel tem no pátio um pipódromo. Kamal nos explica que ali foi recentemente realizado o Campeonato Nacional de Pipas !

Imagem from Google


















domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cotidiano–cenas nas ruas

Gosto de fotografar cenas do dia-a-dia, mas não tenho talento para isso. As vezes fico temeroso das pessoas não gostarem de ser fotografadas, e usarem isso como argumento para me subtrair a camera fotográfica ou cobrar “direitos de imagem”  (isso já aconteceu comigo). É dificil um instantâneo bom, por que o ritmo da viagem é alucinante, não dá tempo para escolher melhores angulos, de esperar boa luminosidade; ou de parametrizar a câmera. Na maioria das vezes, a falta de um ângulo melhor é o maior problema. Ainda assim, captei algumas cenas, que retratam um pouquinho do Nepal.

DSC02117-NepalLojas de pipas. Mulher parece estar gritando comigo, convidando a entrar na loja.

DSC02119-Nepal

DSC02120-NepalDSC02124-NepalVendedores ambulantes de frutas.

DSC02151-NepalMenino recolhe lixo, lá atras, vê-se outro menino sentado (logo depois da porta). O  trabalho e o abandono infantil é comum no Nepal.DSC02154-NepalSapateiro conserta sandálias e fregues aguarda sentado num caixote, paciente.DSC02434-NepalSapateiro / engraxate aguarda cliente. O que me surpreendeu nesta foto é o pé-de-ferro. Meu pai tinha um,igualzinho, o mesmo design. Tenho este pé-de-ferro até hoje.

DSC02289-NepalUm barzinho fuleiro, do tipo “frito na hora”. As manchas brancas no chão são de farinha, e o recepiente branco deve ser o quitute a ser fritado na hora. E aí, vamos encarar ? Até hoje, ninguem morreu.

DSC02426-NepalMais um barzinho muquifo, do tipo “Jesus me chama”.

DSC02291-NepalArtesanato – cerâmica. Os pratinhos pequenos são usados para queimar velas em templos.

DSC02365-Nepal

Loja de artesanatos.

DSC02365-Nepal-detalheLoja de artesanatos (corte da foto anterior). O cartaz na foto oferece filme para fotografia, ASA 200, 40 exposições; e fita cassete (!).

DSC02387-Nepal-pratos descartaveisMenina vende pratos descartáveis, feito de folhas vejetais. Ecologicamente super-correto.

DSC02389-NepalPonto de taxi-riquixá.

DSC02425-NepalVendedor de romãs. Lá atras, o dono do bar porcalhão joga o esgoto na calçada. Sujeira no Nepal é coisa séria.

DSC02435-NepalMais um barzinho em Kathmandu.

DSC02438-NepalBovinos sagrados na sombra.