quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Hotel em Kathmandu


Nosso hotel em Kathmandu e primeiro passeio

Nosso transfer nos leva ao hotel. Primeiras impressões de Kathmandu. Vamos, eu e Solange, observando pela janela, Kath-tour. É um lugar feio, sujo, poluído, desolador. Fico um pouco receoso sobre o que os próximos dias nos reserva. O transfer entra numa avenida larga, movimentada e em seguida dobra numa ruela estreita, cheia de vacas (e consequentemente, de bosta de vaca também), “estamos chegando”, anuncia.

O transfer nos explica que as vacas, tal qual na India, são sagradas aqui no Nepal. Entretanto, não vimos muitas delas neste país.



Vacas sagradas na rua do Hotel.



Fico ressabiado, estamos numa região nada sofisticada, o “nosso” hotel não deve ser dos melhores. Afinal ele fica numa ruela cheio de vacas e suas fezes.

Para nossa alegria, surge um estupendo oásis no meio daquela paisagem desoladora ! É o Crowne Plaza Kathmandu-Soaltee, olha só que nome pomposo, para local idem também pomposo. “Ostra nasce no lodo, gerando pérola fina !” Ufa !



O Crowne Kathmandu se parece com os grandes hotéis da India. É situado em uma grande area, tem uma portaria rigorosa. Dentro dessa chácara, bem no centro, fica o hotel propriamente dito (sede e quartos). Isso faz com que todos fiquem distantes da miséria lá fora. Cruel...

Mal chegamos, fizemos check-in e para aproveitar nossa curta estada no Nepal, resolvemos sair para um passeio de fim-de-tarde.  Na recepção do hotel, perguntamos se é perigoso andar pelas ruas, quais as medidas de segurança. O funcionário diz sorrindo que é “absolutely safe”, que podemos andar nas ruas a vontade, no worry. Nessas horas, dá uma tristeza na gente, pena que no Brasil não se escuta isso. Nesse quesito, perdemos até para o Nepal. De fato, pesquisei agora, a taxa de homicídios em 2011 no Nepal foi 2,8/100.000. Essa é uma medida adotada internacionalmente. Neste mesmo ano a taxa do Brasil foi de 21,0/100.000, ou seja 21 homicidios para cada grupo de 100 mil pessoas. Esses indices indicam que o Brasil é quase 8 vezes mais violento que o Nepal.
        De qualquer forma, saímos do hotel um pouco cautelosos. Andamos pela ruela desviando das vacas, chegamos à grande avenida


É domingo, por isso o comércio está fechado, ainda assim a avenida está movimentada, há muita gente andando a pé, ela lembra um pouco a São João (São Paulo). Há muito lixo nas ruas, cães magros aqui e acolá. Os prédios são velhos, quase tudo no Nepal parece ser velho, exceto alguns carros, que passam correndo, são carros bons, Hondas, Toyotas. Muitas mulheres passeiam na calçada, é diferente da India, país machista, onde as mulheres não saem de casa; e quando saem, correm o risco de serem estupradas. 


       Duas lojas de pipas estão abertas, é domingo, dia de soltar pipa. .Muita gente, adultos, estão comprando pipas e acessórios. Soltar pipas aqui é assunto sério, é o “esporte” nacional.
Vimos outras  lojinhas abertas, e observei que existem várias ATMs, é a força da grana se alastrando mundo afora; seguimos o passeio até chegar a um Mercado Municipal. Observamos as pessoas, o transito, o comércio.
     Voltamos ao hotel, cansados, mas felizes pelo fantástico passeio. Primeira impressão sobre Nepal : ela parece uma India um pouco melhorada.
      O mundo é anárquico, heterogêneo, diferente, é um grande mosaico. Nepal é tudo isso.





Nenhum comentário:

Postar um comentário